quarta-feira, 3 de abril de 2013

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O HOMEM E O SABER
Jose Luiz da Silveira Ballock

O saber é fruto de pesquisa e prática, onde destaco o saber, como um todo, um caldo cultural em movimento, junto com a sociedade, com a natureza, onde está inserido o homem e sua trajetória em construção. É por este caminho, fio condutor, (Phelip Perrenaud) que pretendo encaminhar a pesquisa, descortinando novos caminhos pela práxis.
O saber é também produto do trabalho humano, do trabalho são possíveis inúmeras abstrações e observações concretas. O trabalho, enquanto categoria está presente desde o início da humanidade, há mais de 2.500.000 anos sobre o planeta azul, na luta pela sobre-vivência como espécime, entre as demais, e entre si.
O homem desenvolve o pensamento e o planejamento em sua trajetória, que ainda estão em construção. O saber é um processo, está em contínua elaboração /reelaboração, em construção permanente, é histórico, relativo ao desenvolvimento econômico, político e social das diferentes culturas e sociedades humanas. Origina na prática social dos homens e a ela é dirigida.
A nível diferenciado, relativo a cada período histórico, constatamos uma divisão básica, entre os que mandam e os que obedecem, e esta divisão está presente no final da pré-história, passa pela Idade Antiga, chega à Idade Média, entra na Ida- de Moderna e está na Idade Contemporânea, com a globalização atual fluidificada pela informática.
Uma certa divisão social organizacional do trabalho surgiu, quando o homem primitivo, com o desenvolvimento do saber, permitiu produzir mais do que era necessário para a subsistência:
1 - Entre os milênios IV e III a.C. no Egito, Assíria e Babilônia;
2 - Entre os milênios III e II a.C. na Índia e China;
3 - Pelo milênio I a.C. na Grécia e depois Roma.
O processo social é eminentemente dinâmico, há acréscimo qualitativo na história do homem à medida que o saber transforma a sociedade, quando as descobertas cientificas como A Gravidade e as Leis Básicas da Física, A Estrutura do Átomo, O Principio da Relatividade, O Big Bang e a Formação do Universo, A Evolução e o Princípio da Evolução Natural, A Célula e a Genética, A Estrutura da Molécula do DNA, o fogo, o ferro, a roda, a penicilina, etc.
O saber tecnológico, específico, aperfeiçoado do trabalho, influencia direta mente na qualidade de vida do ser humano, pois os meios de produção são essenciais na compreensão do processo histórico, e são modificadores do sistema de produção e do sistema econômico.
O saber tecnológico nos meios de produção é um fato, faz o homem reorganizar seu sistema de produção ciclicamente, com destruição de paradigmas e criação de novos, algumas vezes abrupta, revolucio-nária, outras vezes em processo, quase não sendo notado.
Nova tecnologia implica em nova orientação de produção, em novos sistemas de administração, e como conseqüência o sistema social e as instituições se modificam.
Mas, não é por isso, que a tecnologia, como em qualquer área do saber, é um saber diferenciado, místico. O saber tecnológico faz parte do saber, como um to do, em totalização.
O SABER PELOS PERÍODOS HISTÓRICOS
PRÉ-HISTÓRIA - Fase sem escrita.
O saber era repassado nas comunidades primitivas para a vida e por meio da vida. Para aprender a usar o arco, a criança ia caçar, para aprender a pilotar a canoa, navegava. O saber se perpetuava e aperfeiçoava nas funções da coletividade.
Não havia instituição escolar, a educação, o saber se processava na comunidade, no meio social e na natureza. As mulheres e as crianças estavam em igualdade com os homens, a divisão do trabalho era rudimentar, somente em função do sexo e idade - não era divisão de trabalho, era mais uma adequação ao trabalho.
Gradualmente, o homem primitivo foi desenvolvendo, acumulando e aperfeiçoando o saber, a cultura foi se cristalizando, surgindo castas, classes sociais, saberes de classes sociais, de acordo com a necessidade do modusvivande, - os magos, os sacerdotes, os sábios, etc. Eram primeiramente simples depositários de saber e posteriormente, donos do saber das tribos, dos clãs...
Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada - 4 milhões a 8.000 a.C.
Começa a Revolução Agrícola
Neste período o homem já fazia seus primeiros machados de pedra, usava o fogo, havia alguma linguagem oral, utilizava rituais religiosos e possuíam algumas manifestações artísticas; usavam a cerâmica e o marfim.
Nas comunidades primitivas, onde o homem aprendia diretamente nas relações com o meio ambiente e grupos sociais, a liderança estava com os mais velhos, ou com aquele que dominava algum saber, um pouco acima dos demais. Viviam da caça e da coleta.
Neste período o homem já aprendera a fazer alguns instrumentos de trabalho, para compensar as carências físicas.
Neolítico ou Idade da Pedra Polida - de 8.000 a 5.000 a.C.
Revolução Agrícola e Revolução Pastoril
A caça e a coleta deixam de ser a principal fonte de subsistência, surge a agricultura e a domesticação de animais, começam a transformar seu habitat natural.
A relativa abundância da alimentação começa a produzir efeitos positivos, na diminuição da mortalidade e no surgimento de aldeias e hordas. A aldeia é a unidade de produção e consumo, a produção ainda é de subsistência. Acentua-se a divisão de trabalho entre os sexos: às mulheres as funções mais rotineiras, aos homens as mais cansativas.
Surgem as guerras, como necessidade de ocupar ou defender áreas agricultá-veis ou pastoris, surgindo daí a necessidade de chefes, guerreiros e caçadores.
O saber começa a especializar-se em algumas áreas, surgindo a tecnologia em vários setores do conhecimento, advindo os técnicos, (os especialistas que reque- riam tempo integral para seus afazeres), enquanto outros continuavam seus afazeres do dia a dia no clã ou aldeia.
Idade dos Metais - entre 5.000 a.C. a 4.000 a.C.
- Começa a Revolução Urbana e Metalúrgica. - Começa a escrita
- Substituição dos instrumentos de pedra, madeira e osso por instrumentos de metal.
Começa a surgir a escrita. Segundo o antropólogo DANILO LAZAROTTO, “A adoção de instrumentos de metal dará, dessa forma, lugar a uma nova classe: a dos metalúrgicos, que não existia na economia neolítica pura. Mas que destruíra a auto-suficiência que é característica desta forma de economia”.
Surge aí uma nova classe, a dos metalúrgicos, e as operações de mineração, moldagem e fundição pertencem a esta categoria, que começa a incrementar algo de misterioso nestas operações.
Com o desenvolvimento da tecnologia, começa haver diferenciação, entre saber. Vejamos LAZAROTTO: ‘’Portanto não é de surpreender que nas sociedades históricas mais primitivas, como entre os bárbaros contempo-râneos, os metalúrgicos sejam sempre especialistas. Provavelmente a metalurgia foi no início um ofício, bem como uma técnica. Os ferreiros e mineiros não só possuem habilidades peculiares, como também são iniciados nos “mistérios”.  Presumivelmente, o saber era transmitido pelos métodos concretos de teoria e prática, tal como ocorria na caça e na habilidade têxtil. Tais conhecimentos, porém, não eram divulgados entre to dos os membros da comunidade, e nem todos os membros do clã eram treinados como ferreiros.
O homem da pré-história começou a trabalhar inicialmente o cobre, por ser material mole e sua fusão mais abaixo do que o ferro. Como o cobre não servia para fazer instrumentos de guerra, sua utilização era mais para utensílios, pequenos adornos, estatuetas etc., cerca de 6.000 anos atrás.
Depois houve a descoberta do bronze, liga de cobre e estanho, à cerca de 5.000 anos atrás.
Ferro aparece há cerca de 3.500 anos, e marca o fim da pré-história, pois o seu descobrimento é tido como um marco.
HISTÓRIA – FASE DOS DOCUMENTOS ESCRITOS
IDADE ANTIGA (ENTRE 4.000 a.C. a 476 d.C.) 
Escrita desenvolvida e Revolução de Regadio.
SOCIEDADE ESCRAVAGISTA
Na sociedade escravagista, havia basicamente 3 classes: a primeira inicial mente formada pela aristocracia gentílica e depois se agregaram os que tinham mais poder acumulado em ouro, jóias, bens etc. A segunda classe era dos cidadãos livres, como agricultores artesãos, criadores de gado, que com o tempo ascendiam à elite ou caíam na dependência de classe escravista A terceira classe incluía uma massa heterogênea de escravos, com línguas diferentes e de diferentes tribos.
Para o homem Antigo, no antigo Egito, a sociedade era constituída por uma rígida hierarquia e as camadas sociais eram divididas em várias esferas, a nobreza, os sacerdotes, os escribas, os soldados, os camponeses, os artesões e os escravos. O sistema social era hereditário.
Acima das demais classes estava o Faraó que era divinizado. O saber hegemônico, era do Faraó principalmente e da nobreza. Os egípcios consti-tuíram uma das primeiras civilizações de que temos notícias, cerca do IV milênio antes de Jesus Cristo. 
Na Grécia, Esparta tinha a educação com características militares, compartilhada por homens e mulheres, que mantinham o saber com o poder das espadas.
Atenas era voltada para as artes, o saber era propriedade dos cidadãos, enquanto os escravos faziam as tarefas, não havia valorização ao saber desta classe.
Em Roma, o saber era dos grandes proprietários de terra e dos cidadãos, bem afastado da plebe, cuja escolas eram mal instaladas, falta de material didático e os professores, que eqüivaliam hoje ao ensino primário, não estavam autorizados a receber pelo seu ensino. Os professores do ensino médio, os ‘’grammaticus’’, levavam o ensino de casa em casa, através de instruções enciclopédicas, e os professores de ensino superior, os retores, gozavam de grande prestigio.
IDADE MÉDIA (ENTRE 476 A 1453)
SOCIEDADE FEUDAL
Durante o feudalismo, a educação nos monastérios, era para duas categorias: uma para os futuros monges (oblatas) e outra para a plebe, aos quais não era ensinado a ler nem escrever, somente coisas de Deus. A nobreza, em particular alguns, tinham seus próprios professores.
Os servos foram aos poucos aprendendo e desenvolvendo ofícios nas universidades (assembléias corporativas), até a emancipação, que se deu na Revolução Francesa.
Enquanto o domínio do saber era exercido pela Igreja e pelos senhores feudais, os servos aprendiam e desenvolviam ofícios como: confecção de artigos de couro, tecelagem e confecção de roupas, confecção de móveis, construção civil, metalurgia etc., desenvolvendo um novo saber, que suplantou os outros saberes.
Neste novo saber, que acompanha o desenvolvimento do artesanato, está o germe das novas necessidades materiais e novas formas de com preensão do mundo. Os nascimentos da burguesia e da Revolução Industriais já estão em processo. “... muito lentamente, subterraneamente, elaborava-se o embrião de uma nova classe social, que iria surgir no século XII, intervir na vida econômica, social e política e conquistar o poder nos séculos XVII e XVIII”. (L. BASBAUM, in Sociologia do Materialismo).
IDADE MODERNA (ENTRE 1453 -1789)
Revolução Industrial
Os dois movimentos que a acompanham são a Independência dos Estados Unidos e a Revolução Francesa, que sob influência dos princípios iluministas, assinalam a transição da Idade Moderna para Contemporânea.
A Revolução Industrial ocorrida na Inglaterra integra o conjunto das “Revoluções Burguesas” do século XVIII, responsáveis pela crise do Antigo Regime, na passagem do capitalismo comercial para o industrial.
Em seu sentido mais pragmático, a Revolução Industrial significou a substituição da ferramenta pela máquina, e contribuiu para consolidar o capitalismo como modo de produção dominante. Esse momento revolucionário, de passagem da energia humana para motriz, é o ponto culminante de uma evolução tecnológica, social, e econômica, que vinha se processando na Europa desde a Baixa Idade Média.
Nessa evolução, a produção manual que antecede a industrial conheceu duas etapas bem definidas, dentro do processo de desenvolvimento do capitalismo.
O artesanato foi a forma de produção característica da Baixa Idade Média, durante o renascimento urbano e comercial, sendo representado por uma produção de caráter familiar, na qual o produtor (artesão) possuía os meios de produção (era o proprietário da oficina e das ferramentas) e trabalhava com a família em sua própria casa, realizando todas as etapas da produção, desde o preparo da matéria-prima, até o acabamento final; ou seja, não havia divisão do trabalho ou especialização. Em algumas situações o artesão tinha junto a si um ajudante, porém não assalariado, pois realizava o mesmo trabalho pagando uma “taxa” pela utilização das ferramentas. Nesse período a produção artesanal estava sob controle das corporações de ofício, assim co mo o comércio também se encontrava sob controle de associações, limitando o desenvolvimento da produção.
A manufatura, que predominou ao longo da Idade Moderna, resultando da ampliação do mercado consumidor com o desenvolvimento do comércio monetário.
Nesse momento, já ocorre um aumento na produtividade do trabalho, devi do à divisão social da produção, onde cada trabalhador realizava uma etapa na confecção de um produto. A ampliação do mercado consumidor relaciona-se diretamente ao alargamento do comércio, tanto em direção ao oriente como em direção à América, permanecendo o lucro nas mãos dos grandes mercadores.
Outra característica desse período foi a interferência do capitalista no processo produtivo, passando a comprar a matéria prima e a determinar o ritmo de produção, uma vez que controlava os principais mercados consumidores.
A partir da máquina, pode-se observar uma primeira, uma segunda e até uma terceira e quarta Revolução Industrial. A industrialização é um processo, e pode mos destinguir:
- energia a vapor- século XVIII,
- energia elétrica - século XIX,
- energia nuclear e pelo avanço da informática, da robótica e do setor de comunicações ao longo dos século XX e XXI.
A Inglaterra industrializou-se cerca de um século antes de outras nações, por possuir uma série de condições históricas favoráveis dentre as quais, destacaram-se: a grande quantidade de capital acumulado durante a fase do mercantilismo; o vasto império colonial consumidor e fornecedor de matérias-primas, especialmente o algodão; a mudança na organização fundiária, com a aprovação dos cercamentos (enclousures) responsável por um grande êxodo no campo, e conseqüentemente pela disponibilidade de mão-de-obra abundante e barata nas cidades.
Outro fator determinante, foi a existência de um Estado liberal na Inglaterra, que desde 1688 com a Revolução Gloriosa que seguiu à Revolução Puritana (1649), transformando a Monarquia Absolutista inglesa em Monarquia Parlamentar, libertando a burguesia de um Estado centralizado e intervencionista, que dará lugar a um Estado Liberal Burguês na Inglaterra um século antes da Revolução Francesa.
A Revolução Industrial alterou profundamente as condições de vida do trabalhador braçal, provocando inicialmente um intenso deslocamento da população rural para as cidades, com enormes concentrações urbanas. A produção em larga escala e dividida em etapas irá distanciar cada vez mais o trabalhador do produto final, já que cada grupo de trabalhadores irá dominar apenas uma etapa da produção. Na esfera social, o principal desdobramento da revolução foi o surgimento do proletariado urbano (classe operária), como classe social definida.
Vivendo em condições deploráveis, tendo o cortiço como moradia e submetido a salários irrisórios com longas jornadas de trabalho, o operariado nascente era facilmente explorado, devido também, à inexistência de leis trabalhistas.
Envolvimento das ferrovias irá absorver grande parte da mão-de-obra masculina adulta, provocando em escala crescente a utilização de mulheres a e crianças como trabalhadores nas fábricas têxteis e nas minas. O agravamento dos problemas sócio-econômicos como desemprego e a fome, foram acompanhados de outros problemas, como a prostituição e o alcoolismo.
Os trabalhadores reagiam das mais diferentes formas, destacando-se o movimento “ludista” - o nome vem de Ned Ludlan - caracterizado pela destruição das máquinas por operários, e o movimento “cartista”, organizado pela “Associação dos Operários”, que exigia melhores condições de trabalho e o fim do voto censitário. Destaca-se ainda a formação de associações de no minadas trade-unions, que evoluíram lentamente em suas reivindicações, originando os primeiros sindicatos modernos.
O divórcio entre capital e trabalho resultante da Revolução Industrial, é representado social mente pela polarização entre burguesia x proletariado. Esse antagonismo define a luta de classes típica do capitalismo, consolidando esse sistema no contexto da crise do Antigo Regime.
Capitalismo Mercantilista - o domínio do novo saber pelos burgueses em ascensão, o poder econômico, também em acompanhamento, é usado para a produção e venda de produtos arte sanais e semi-artesanais. A produção era mais dirigida ao consumo imediato, face as rudimentares máquinas e equipamentos de produção na época.
Capitalismo Industrial - a máquina a vapor substitui o homem, na produção em série dos pro dutos manufaturados, o saber está sob domínio do proprietário da máquina, que determina a produção. A produção é para o mercado mais amplo.
IDADE CONTEMPORÂNEA - A PARTIR DE 1789
Referencias: A Revolução Francesa e A Revolução Digital
Capitalismo Selvagem - è a fase atual. Alguns serviços eram pura-mente mecânico e os mais complexos há instruções técnicas operacionais, ou treinamento interno. O produto ou serviço tem seu objetivo financeiro definido, as instruções técnicas são elaboradas por setor, setor financeiro, tem sua instrução técnica, setor operacional de produção tem sua instrução técnica, setor de controle de qualidade, tem seu roteiro de analise, e para o consumidor, os produtos tem manuais de montagem.
Várias empresas concorrem entre si, para obtenção de mais produtos, a custos menores, para aumentar o lucro e obter o monopólio de mercado, até mesmo organizam serviços de espionagem industrial e outros tipos de ação, para domínio de mercado.
O saber acumulado pela humanidade é usado de uma forma global, na produção econômica, exploração de mercado a nível mundial e surgimento de monopólios e oligopólios.
Embora, a militância das organizações de trabalhadores, já tinha um acumulo de experiências de atividades reivindicatórias, após a revolução Francesa, a II Guerra Mundial e antes mês mo da queda do muro de Berlim, é que muitos países e mega empresas, começam a flexibilizar, às custas de luta e pressão dos Movimentos Socias, na questão social e ambiental, na América do Sul, a repressão aos movimentos sociais foi violentíssima, durante fase das ditaduras.
Se do lado patronal, das elites, há modernização, aglutinação em grupo e blocos econômicos, para exploração de mercado, do outro lado, das classes populares, como os sindicatos, ONGS e outras organizações da Sociedade Civil, também vem se modernizando, apesar das dificuldades, das fragilidades e outras entraves, práticas sob outros enfoques, procurando construir junto uma nova sociedade, trazendo subsídios para Políticas Públicas.
Acompanhando a trajetória do ser humano, pode-se verificar que há duas formas de processo educativo: Na primeira, o repasse do saber se processa normalmente entre o ser humano e a prática, ligada diretamente na natureza, o aprendizado prático. A segunda, com surgimento de técnicas, divisão de classes sociais, há desenvolvimento das instituições formais de ensino, para o repasse de saber.
A educação para a continuidade do processo histórico do homem, passa também pelo acesso ao saber, para a continuidade da trajetória do homem.
No bojo do saber, estão a educação, a saúde, a cultura em si, onde se desenvolve e perpetua. Podemos também destacar o saber usado como poder dentre os outros, que está presente na dinâmica das relações sociais, em diferentes instâncias da organização das sociedades.
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